terça-feira, 26 de junho de 2012

VAMOS ANDAR PRA CASA?

A qualidade de vida de quem mora em São Paulo melhoraria cerca de 74% se o trânsito fluisse bem (percentual calculado por mim, baseado em dados extremamente precisos).

Brincadeiras a parte, um dos maiores problemas que eu vejo no dia-a-dia da cidade é o tempo.

Tempo que você gasta pra ir e voltar do trabalho, tempo que gasta pra sair pro almoço, pra ir ao médico, pra encontrar os amigos. Até sair de São Paulo é um parto (em véspera de feriado então, nem se fala).

E o tanto que a gente se estressa com o trânsito? Xinga, acelera, breca em cima, buzina, dá luz alta.

Pro pessoal do transporte público a coisa é ainda pior. São ônibus lotados, que quebram, demoram pra passar, metrô em manutenção, problemas no trem.

Mas tudo isso fica ainda mais gostoso quando chove. Aí dá vontade de largar tudo e voltar pra Jales sem nem passar em casa pra fazer a mala.

Eu nem preciso ir longe explicando esse tipo de coisa pra quem mora em São Paulo, ou pra quem, como a minha avó, fica em casa vendo o caos pela TV e achando que aqui é o pior lugar do mundo.

Mas tem como diminuir esse transtorno?

Tem gente que consegue fazer home-office, tem gente que faz academia perto do trabalho e deixa pra ir pra casa bem mais tarde, quando o trânsito está melhor, tem gente que, por sorte, mora perto do trabalho e quase não pega trânsito.

E tem gente que, como eu, anda.

Eu sempre gostei de andar e, quando me mudei pra São Paulo, gostava de fazer as coisas a pé pra ir conhecendo a cidade, vendo onde tinham lojas, supermercados e tal.

No final da faculdade, o ônibus que passava perto do meu trabalho pra me levar pra aula demorava uns 40 minutos só pra chegar, então eu também comecei a ir andando (a caminhada em si durava uns 45 minutos, então super valia a pena).

E depois, quando tinha recorde de trânsito e eu estava sem carro, percebi que indo a pé muitas vezes eu deixava o ônibus bem pra trás.

Isso, juntando com o fato de que eu moro num lugar seguro, em que dá pra ir andando mesmo a noite, fez com que, por muitas vezes, eu preferisse caminhar.

E não é que eu more do lado do trabalho, não! Atualmente, pelo caminho que eu faço (um pouco mais longo pra ser mais seguro), dá cerca de 7,5km.

De manhã não, porque eu gosto sempre de dormir até o último minuto (muitas vezes, até além dele) e o ônibus que me traz pro trabalho é vazio, então eu venho como uma madame sentada no meu Mercedez com motorista. Mas no final do dia, que é quando o trânsito costuma ser ainda pior e a gente não tem horário certinho pra chegar em casa, acho que é uma ótima ideia.

Eu vou ouvindo uma musiquinha, páro, compro um sorvete, penso na vida, compro uma pipoca (são 7,5km, poxa! Eu tenho o direito de repor as calorias rs).

E mesmo que você more bem longe e não dê pra fazer o percurso todo a pé, sempre dá pra estudar um jeito de fazer uma parte, quem sabe naquele trecho que é mais iluminado e movimentado (segurança em primeiro lugar, né), em que o trânsito piora e o ônibus lota.

Dependendo do seu trajeto, dá até pra parar em algum lugar pra ver o que a cidade tem de bonito (no meu caminho tem a fonte do Ibirapuera, então direto eu paro uns 5 minutinhos pra olhar um pouco pra ela).

Ah e eu nem mencionei a parte de fazer um exercício básico, que não faz mal pra ninguém.

Então hoje eu decidi que vou fazer uma coisa que eu não faço há um bom tempo: vou voltar a pé pra casa. Aí amanhã eu trago registro fotográfico e atualizo o post, pode ser?

OBS: Tudo isso vale pra bike, que é uma coisa que eu queria testar, mas quando falei disso, minha bicicleta foi confiscada pelo namorado preocupado com a desastrada aqui tomar um capote. Então por enquanto vou ficar só na caminhada.
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ATUALIZAÇÃO

Como prometido, aqui está o registro fotográfico da caminhada de ontem.

Por motivos inexplicáveis, a fonte do Ibirapuera não estava ligada (nunca entendi a lógica dessa fonte, mas ok). Ainda assim, a visão do lago, com o Obelisco (que mal aparece na foto, mas estava lá, iluminado de verde, juro!) e o Monumento do Empurra-Empurra às Bandeiras ainda é bem bonita.

 Monumento às Bandeiras/Ibirapuera

Pra Av. Paulista eu fui pensando em qual ícone registrar, mas não consegui fugir do (clichê) MASP.
 Av. Paulista/MASP

Nesse horário (depois das 20h) a rua já não está lotada e dá pra curtir melhor o passeio sem se preocupar em evitar trombar com as pessoas.

Como ontem o trânsito não estava nada fora do normal, lógico que eu demorei muito mais do que se tivesse ido de ônibus, mas garanto que foi bem mais agradável.

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